Puerto Madero – Buenos Aires, Argentina (Equipe: Juan Manuel Borthagaray, Cristian Camicer, Pablo Doval, Mariana Leidemann, etc) – Ano do projeto: 1992
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Com a globalização, os portos perderam a importância econômica, resultando em espaços deteriorados, impactando a qualidade de algumas cidades portuárias. Como estratégia, os governos municipais resolveram requalificar estas áreas com bairros planejados, atrativos e sustentáveis. Como exemplo, surgiram os projetos do HafenCity em Hamburgo, Puerto Madero em Buenos Aires, e Porto Maravilha no Rio de Janeiro. Todos estes seguiram os princípios de desenho urbano de acordo com Llewelyn-Davies.
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O projeto de Puerto Madero foi implantado em uma faixa urbanizada que se estende entre quatro diques e um grande parque. Nas antigas docas, propôs-se a construção de estreita faixa de edifícios de até 7 pisos, com predomínio de uso residencial e térreos de uso misto. No entorno foi criado um grande parque de reserva verde que reestrutura a relação da cidade com o rio. Ao estimular a alta densidade, o projeto molda a silhueta do bairro. O projeto teve como estratégia re-funcionalizar as antigas construções do porto, requalificando-as e as atribuindo novos usos, como hotéis e restaurantes.
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Esta urbanização se deu a partir da Corporação Antiga Puerto Madero, que construiu a infraestrutura necessária e convidou a iniciativa privada a intervir sobre os terrenos resultantes. A atração de investidores e novas atividades surge da própria atratividade dos grandes projetos urbanos feitos pela Corporação na área. Uma das vantagens que os atrai também é a segurança promovida em Puerto Madero: como uma ilha no meio da cidade, o bairro se conecta a ela por apenas 5 pontes bem policiadas, uma delas sendo a famosa ponte de pedestres do arquiteto Calatrava, a Puente de la Mujer. Outro atrativo é o projeto do museu da Coleção de Arte Amalia Lacroze de Fortabat, realizado pelo arquiteto uruguaio Rafael Viñoly.
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Referência: www.archdaily.com.br